terça-feira, 9 de abril de 2013

Bate-papo com presidente da Associação de Ciclismo do Acre


O blog Expedição Ciclos realizou uma entrevista com o presidente da Acac - Associação de Ciclismo do Acre, associação que realiza passeios urbanos, trilhas, e passeios ecológicos de bike e difunde a cultura do cicloativismo em um dos estados que fazem  parte da Amazônia Legal, que é o campo de pesquisa da expedição Ciclos – extensão da exposição de fotografias de Diogo Vianna sobre o uso da bicicleta no contexto do cotidiano amazônico. 

Na ida da expedição ao Acre, a Ciclos junto com a Acac realizou ações envolvendo ciclismo e arte. Na ocasião, o presidente Valden Rocha conversou um pouco com a gente sobre a visão e o objetivo da associação, que é principalmente abrir debate nas instituições públicas sobre temas como o uso da bicicleta, a educação no trânsito e a ampliação da malha cicloviária, por exemplo.

A Associação, até a época desse encontro, já havia completado dois anos de existência, com 500 ciclistas acompanhando as atividades da Acac. O presidente contou que na Acac não há restrições de participantes, que os calouros que chegam são instruídos e recebidos pelo grupo “Bike Anjo”, com ciclistas mais experientes ajudando e acompanhando os novatos na primeira pedalada, com instruções de trânsito e rotas indicadas.

A recomendação que a associação faz, é que as crianças que forem participar, estejam acompanhadas dos pais nas atividades. “A Acac não realiza competições, entretanto, promove muitas bicicletadas temáticas, em alusão ao dia da consciência do câncer de mama, consciência altruísta, ao meio ambiente e ao dia da criança”, contou Valden ao falar também sobre atividades de cicloturismo como trilhas e passeios a pontos turísticos

O presidente falou ainda sobre o movimento realizado pela Associação de Ciclismo do Acre, que, segundo ele, já gerou vários grupos de ciclismo, que não só difundem a prática de andar de bike como buscam o debate nos órgãos públicos a favor da segurança do ciclista no trânsito, a educação no tráfego e a cidade mais planejada para os ciclistas, trazendo temas como a ampliação das ciclovias na capital acreana.


Acac – Associação de Ciclismo do Acre no Facebook:
https://www.facebook.com/groups/269704653140870/?fref=ts

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Entrevista em Rio Branco, ao G1 Acre

A expedição Ciclos foi recebida pelo G1 Acre, em uma entrevista dada pelo fotógrafo Diogo Viana sobre o processo de pesquisa do projeto que é a exposição Ciclos. No link você pode saber um pouco sobre a concepção do projeto, as cidades já visitadas e todo o percurso ainda restante para a conclusão da pesquisa. 

Os detalhes se encontram no link, na matéria de Yuri Marcel.



domingo, 7 de abril de 2013

Na sexta etapa, estamos no Acre!



Saindo de Porto Velho, em Rondônia, a expedição desembarcou diretamente na capital do estado do Acre, Rio Branco, com seus 336 mil habitantes, capital com uma das temperaturas mais quentes na região  Norte, e a cidade mais populosa do estado acreano. Felizmente,  Rio Branco  é um exemplo a ser seguido. Nos  seus mais de oito mil km² de extensão, Rio Branco tem 60 km de vias cicláveis na capital. Se contar com o espaço para bicicletas das rodovias estaduais e federais na cidade,  chegam-se a  aproximadamente  95 km de extensão.   São promessas mais 30 km de vias, que devem ser construídos até 2015. Com isso, Rio Branco chegará a aproximadamente 125 km de vias cicloviárias, esses números fazem com que a capital acreana seja uma das cidades brasileiras com a maior malha cicloviária proporcional do país. 


O grande diferencial de Rio Branco é que a cidade começou a investir em infraestrutura cicloviária antes de mesmo de ter problemas de mobilidade. Elaborou-se um planejamento do sistema viário para os diferentes modais de transporte, de modo a garantir a priorização do transporte não motorizado na cidade. Os resultados foram surpreendentes, entre eles, um programa de acessibilidade de pedestres: que visou modificar o foco da cidade para o pedestre e o ciclista, de forma a priorizar intervenções nos eixos viários, nas áreas comerciais e no entorno dos terminais, onde concentram a maior parte do deslocamento de pedestres. 

Também foram propostas e instaladas “ruas de convivência”, conceito que visa criar espaços de convivência compartilhada e harmoniosa, com integração entre os modos de locomoção e transporte, nas vias não principais da cidade. Assim, as “ruas de convivência” têm como premissa que a via seja de um só nível, aumentando a área útil do espaço. Nelas, a delimitação dos usos (estacionamento, área de lazer), é determinada pelos próprios equipamentos urbanos (faixas, postes, árvores e bancos), onde a circulação de pedestres e automóveis é de baixa intensidade.

Além disso, outra proposta inovadora para a cidade envolvia a adaptação de alguns cruzamentos com elevação da via à altura da calçada, obrigando o motorista a reduzir a velocidade e proporcionando maior segurança para os pedestres, como se a rua acabasse e a calçada continuasse nos cruzamentos.

                      



Na cidade, existe uma ponte estaiada para travessia exclusiva de pedestres e ciclistas, um dos objetivos é propiciar a circulação cicloviária com conforto e segurança em toda a cidade, prevendo o acesso por bicicleta aos principais centros de serviços da cidade e possibilitando os deslocamentos entre as principais atividades rotineiras (casa-trabalho e casa-escola).




sexta-feira, 5 de abril de 2013

Manifesto Cultural - Pelo Direito de Sonhar


O sonho não cabe apenas na palma da mão; Cabe numa casa, na casa um colchão; Quem tem casa dorme, quem dorme sonha. - Elizeu Braga l “No dia 21 de Março, foi cumprida uma reintegração de posse no Bairro de Jardim Santana III onde cerca de 350 famílias, segundo dados do município, ficaram desabrigadas para ceder o terreno a um suposto "proprietário legítimo". A coisa é tão confusa que há informações de que mais da metade do terreno não pertence ao interesse particular e sim à Prefeitura, mas ela foi omissa e não entrou com nenhuma petição no processo que cuida do caso. O fato é que agora existem cerca de 200 pessoas acampadas na porta da Prefeitura por não terem pra onde ir e em legítimo manifesto pela sua dignidade. Doações são importantes neste momento, porém, como disse um dos líderes do grupo, ninguém quer viver de doações. O objetivo desta manifestação é que a Prefeitura resolva o problema de moradia destas pessoas. Amanhã será um dia para agir em prol destas famílias e, especialmente, em favor das diversas crianças. Amanhã haverá o manifesto cultural ‘’Pelo Direito de Sonhar’’. Apareçam com suas poesias, suas músicas, seus livros, seus corpos e sua dança. Apareçam para assistir, que seja. Ter o apoio da população e fazer do espaço público um local de ação e cultura são os objetivos. A partir das 9h da manhã até de noite vamos levar os olhos de Porto Velho para estas pessoas.” - Rodrigo Vrech l AGRADECIMENTOS: AV Amazônia Vertical, Casa Fora do Eixo Amazônia, Coletivo Castanheira, Bototo Arte Bototo,Eliana Vassilakis Helou e sua oficina de bordado, Giselle Pini, Karime Lôbo, Prof. Marco Teixeira, Instituto Madeira Vivo, a sociedade civil que prestigiou e colaborou com o evento e principalmente, às famílias acampadas.



Registros do evento "Pelo Direito de Sonhar" em 05 de abril de 2013












quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mostra de curtas em Porto Velho

No primeiro dia de pesquisa em Porto Velho, a expedição conheceu os moradores do bairro, Jardim santana III, onde aproximadamente 350 famílias foram desabrigadas, ficando cerca de 200 pessoas, entre elas mulheres e muitas crianças, acampadas em frente a prefeitura por não terem para onde ir, a expedição juntamente com a casa de poesia Arigóca realizou uma mostra de cinema infantil pra molecada no inicio da noite.


No dia seguinte, participou do manifesto dessas famílias, "Pelo direito de sonhar", que realizou uma ocupação cultural no acampamento, música, poesia,dança e teatro, iniciando as 9hrs até o fim do dia , com o objetivo de sensibilizar a população em prol a causa dessas famílias, a expedição participou reexibindo uma mostra de filmes infantis e outros curtas, sendo eles:

  • A onda, festa na pororoca
  • O menino Urubu
  • Cade o verde que fava aqui
  • Me admiro de miriti
  • A revolta das mangueiras
  • Açái com jabá
  • Matinta pereira
  • Curtas minuto

Ciclos em sua quinta etapa em Rondônia, cotidiano das magrelas em Porto Velho!


      No dia 03 de abril de 2013 a expedição ciclos embarcou para a realização de mais uma etapa de pesquisa relacionada a utilização das bicicletas na realidade Amazônida, dessa vez o destino foi a cidade de Porto velho, em Rondônia, a capital de maior extensão territorial dos estados brasileiro encantou a expedição, localiza-se a margem do rio Madeira, um dos principais afluentes do rio Amazonas, a cidade construída em 1907, durante a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, é a maior concentração populacional do estado de Rondônia, com quase 500.000 hab.

      Durante a estadia da expedição, observou-se que Porto Velho tem um grande potencial evolutivo em relação a promoção de construção de ciclovias, apesar de grande parte da população utilizar esse meio de transporte, não há um espaço físico que delimite o usa das mesmas, que transitam entre carro em motos, de maneira insegura e perigosa, seus usuários a utilizam em maioria para transporte, e trabalho(venda de quitutes e etc.), e poucos a utilizam como veículo de passeio, está na segunda na hierarquia utilitária da cidade, porém não recebeu ainda a atenção necessária de seus governantes, há apresentação de projetos ao seu incentivo e muita especulação a respeito do tema, é sempre válido lembrar que toda necessidade deve ser ouvida e sanada em relação a temática da bicicleta na região norte do país, pois ao contrário do que acontece nas regiões mais desenvolvidas a bicicleta é um meio essencial de LOCOMOÇÃO.